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Qual o benefício que o mel traz para a saúde?
Os benefícios do mel podem se apresentar sobre vários efeitos fisiológicos:
Benefício nutricional
O mel possui uma quantidade de carboidratos facilmente digerível e saborosa em relação aos demais tipos de açúcares comercializados, sendo muito indicado aos bebês e crianças por melhorar o sangue e por aumentar o ganho de peso, não modificando os seus processos fisiológicos. Em adultos e pessoas idosas, é considerado um alimento que facilita o desempenho e a resistência física, diminuindo a fadiga, especialmente a decorrente do esforço repetido; promove também uma eficiência mental mais elevada. Seu valor nutritivo aumenta com os componentes presentes em menor proporção, como os minerais, os aminoácidos, os ácidos, as enzimas e as vitaminas, o que diferencia este produto em relação aos açúcares comercializados.
Benefício na saúde do aparato digestivo
A aplicação do mel é muito indicada na assimilação dos alimentos e na prevenção e nos tratamentos de desordens gastrointestinais, tais como úlceras, gastrites e gastroenterites, pois é um potente agente inibidor, que sugere um estímulo nos nervos sensoriais do estômago, que respondem à capsaicina, e uma ação antioxidante do mel. Outro efeito importante do mel na digestão humana está relacionado aos oligossacarídeos como panose e rafinose, dentre outros, que atuam como prebióticos que agem de forma sinérgica com as bifidobacterias e os lactobacillius, o que permite uma melhora no trato intestinal e uma diminuição das diarreias bacterianas. Em casos de consumo de mel em grande quantidade (50 a 100 g) pode ocorrer um efeito laxativo suave em indivíduos com insuficiente absorção de frutose do mel. As propriedades laxativas suaves do mel são usadas para tratamento de constipação.
Benefício na saúde cardiovascular
Os efeitos do mel para pacientes com problemas cardiovasculares mostraram uma diminuição do colesterol, LDL-C e o TG, bem como da proteína reativa-C quando comparados à ingestão de um xarope de açúcar (frutose e glicose na mesma proporção de mel). Além de mostrar que os níveis aumentados de óxido nítrico no mel puderam ter uma função protetora em doenças cardiovasculares. Em ratos observou-se um nível mais elevado do tocoferol do plasma, e uma relação mais elevada de tocoferol/triacilglicerol e também níveis mais baixos do nitrato do plasma e uma susceptibilidade mais baixa no coração à peroxidação lipídica.
Benefício na saúde do sistema respiratório
O mel é muito empregado como um remédio para inflamações na boca, garganta ou irritações e infecções bronquiais, devido aos seus efeitos antibacterianos.
Benefício na saúde oral
Há muito debate se o mel é prejudicial aos dentes. Alguns estudos propuseram que o mel, dependendo da sua origem floral, pode atuar como antimicrobiano muito potente, que tem atividade na inibição do crescimento das bactérias, que causam a cárie, tendo um efeito positivo sobre a gengivite e também uma menor erosão do esmalte dos dentes. Esse fato pode estar relacionado à presença de cálcio, fósforo e aos níveis de fluoreto e de outros componentes coloidais no mel. Mas recomenda-se limpar os dentes após o consumo do mel, devido ao seu alto teor de carboidratos.
Benefício antinflamatório
Em testes experimentais com ratos, foi observado que a ingestão do mel reduziu inflamações nos intestinos dos ratos. A administração do mel é tão eficaz quanto o tratamento do prednisolona em um modelo inflamatório de colites. O mecanismo postulado da ação é o impedimento da formação dos radicais livres liberados dos tecidos inflamados. A redução da inflamação pode estar relacionada ao efeito antibacteriano do mel ou ao efeito anti-inflamatório direto. Outra observação em estudos animais mostrou que os efeitos anti-inflamatórios do mel foram observados nas feridas devido à ausência de infecção bacteriana.
Benefício antimicrobiano, antiviral e atividade antiparasitária
O mel inibe o crescimento dos microrganismos e dos fungos. O efeito antibacteriano do mel, na maior parte, se encontra sobre as bactérias gram-positivas. O efeito antimicrobiano do mel pode estar relacionado as substâncias diferentes e depende da origem floral. A baixa atividade de água (aw) do mel inibe o crescimento bacteriano. A enzima gluco-oxidase no mel produz o peróxido de hidrogênio, um agente antibacteriano, mas a capacidade da produção do peróxido depende também da atividade da enzima catalase. Mas existem outras propriedades químicas diferentes, como ácidos orgânicos, fenólicos e flavonoides que atuam também como antibacterianos. Alguns estudos relatam que o mel tem se mostrado também um inibidor in vitro do vírus da Rubéola, de três espécies de parasitas de Leishmania e do Echinococcus.
Benefício antimutagênico e atividade antitumoral
O mel vem sendo aplicado a estudos antimutagênicos, mostrando ter um efeito antimetastático em carcinoma mamário e um efeito antitumor em câncer da bexiga. A nigerose, um dos oligossacarídeos encontrados no mel, tem atividade imunoprotetora. Dessa forma os estudos vêm apontando que o mel ativa o sistema imune e sua ingestão pode ter uma vantagem com respeito à prevenção do câncer e das metástases.
Benefício à saúde da pele
O mel é usado em hidratantes e outros tipos de cosméticos, tais como sabonetes, máscaras e loções, mas também nas preparações farmacêuticas aplicadas diretamente em feridas, queimaduras e úlceras de pele, pois ajuda na regeneração das células superficiais da pele, alimentando o epitélio e ativando a circulação ao nível dos capilares, o que alimenta a pele, hidratando-a.
Benefício à saúde
Muitos estudos relacionam outros benefícios do mel na redução da insônia e de febres. Além de haver alguns relatos que relacionam que este auxilia na recuperação da intoxicação por álcool por proteger o fígado.
De acordo com as evidências científicas, seria melhor considerar o mel como um alimento, melhor do que como um medicamento. A maioria dos seus benefícios descritos acima, pelo menos para o uso interno, pode provavelmente ser atribuída aos seus efeitos nutritivos de algum tipo.