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Quais são os sintomas?
A tríade clássica é constituída de:
a) Febre (geralmente em torno de 38-39ºC).
b) Dor de garganta, devido à faringoamigdalite, com formação de exsudato fibrinoso, branco-acinzentado.
c) Linfadenopatia (aumento dos gânglios linfáticos) dolorosa, principalmente em cadeia cervical (região do pescoço).
Geralmente o quadro inicia-se com fadiga, mal-estar e cefaleia.
Outros sintomas e sinais clínicos que merecem ser destacados são:
- Anorexia (falta de apetite), mialgias e artralgias (dores musculares e articulares), náuseas, vômitos, desconforto abdominal e tosse;
- Edema de Hoagland (edema palpebral);
- Erupção cutânea em cerca de 10% dos casos, sendo que, em pacientes que recebem determinados tipos de antibióticos, o exantema cutâneo é detectado em percentual bem mais elevado;
- Esplenomegalia (aumento do baço) está presente em, aproximadamente, 50% dos pacientes, enquanto que hepatomegalia (aumento do fígado) é encontrada em 10 a 15% dos casos, às vezes acompanhada de icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
Como é feito o diagnóstico?
Por meio do quadro clínico (acima citado) e por exames laboratoriais.
O leucograma, apesar de às vezes não apresentar anormalidade, pode ser altamente sugestivo quando detecta linfocitose (geralmente acima de 50%) e pelo menos 10% de linfócitos atípicos.
A confirmação se dá por meio de testes que detectam anticorpos heterófilos (Reação de Paul-Bunnel-Davidson) ou por provas sorológicas que detectam anticorpos específicos contra o EBV.
Outros testes, como a demonstração do vírus, de antígenos virais ou do DNA viral, por meio de cultura, hibridização com sondas de ácido nucleico ou reação em cadeia da polimerase, não são, rotineiramente, utilizados.