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Como é feito o diagnóstico?
Inicialmente, devem-se valorizar as queixas e sintomas do paciente, que podem indicar o comprometimento do fígado. O exame físico pode revelar anormalidades compatíveis com cirrose. As principais são a coloração amarelada da pele e mucosa, lesões de pele (spiders ou aranhas vasculares e manchas roxas). Pode haver perda da libido, atrofia testicular e ginecomastia (aumento na mama nos homens). A palpação do abdome revela a diminuição do tamanho do fígado e aumento do baço. Essas alterações podem ser confirmadas por exames de imagem (ultra-sonografia ou tomografia do abdome).
Exames de sangue são muito úteis para se estimar o grau de comprometimento do fígado e para se determinar a causa da cirrose. Existem exames específicos para várias causas de cirrose.
A endoscopia digestiva geralmente é solicitada para verificar se há varizes no esôfago e no estômago, uma das complicações da cirrose.
Pode ser necessária a realização da biópsia do fígado para se confirmar o diagnóstico de cirrose.
Há riscos de ter câncer por causa da cirrose?
Sim. A cirrose hepática é uma condição que predispõe ao câncer do fígado. O risco é variável e depende da causa da cirrose. Em determinadas doenças na fase de cirrose, o risco de câncer pode ser 100 vezes maior que o risco da população em geral.
O que deve ser mudado na rotina para lidar com a cirrose?
Pessoas com cirrose necessitam de tratamento médico especializado. A depender da fase da doença, pode ser necessária dieta com pouco sal e com pouca proteína (carnes). Um paciente com cirrose jamais pode se automedicar. Vários medicamentos são contra-indicados em pessoas com cirrose. O uso de álcool não é permitido, mesmo nos casos de cirrose não relacionada ao álcool. Vários estudos realizados internacionalmente e no Brasil demonstram que o álcool acelera a evolução da cirrose e diminui a expectativa de vida. Exercícios físicos que aumentam a pressão abdominal devem ser evitados.