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Como ela se desenvolve? Quais são os sintomas?
A bronquiolite viral aguda é considerada aguda, quando a duração dos sintomas é de até duas semanas, sendo considerada por alguns autores por até quatro semanas do quadro inicial.
Crianças com BVA desenvolvem, inicialmente, sintomas comuns de infecção de vias aéreas superiores.
Há febre, coriza e tosse. Evoluem com tosse mais intensa, esforço respiratório leve, sibilância e estertores crepitantes bilaterais. A taquipnéia (respiração acelerada) e a hiperinsuflação do tórax estão tipicamente presentes. As crianças menores de um mês de idade podem apresentar apnéias (pausas respiratórias) mesmo sem o quadro típico da doença.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da BVA é essencialmente clínico. O exame radiológico de tórax pode ser útil na identificação de algumas complicações como pneumotórax e atelectasias, e no diagnóstico diferencial com outras doenças de apresentação semelhante. O achado característico é a presença de hiperinsuflação pulmonar.
Na fase aguda da doença, as complicações estão relacionadas com a própria evolução da doença. As duas complicações mais graves são a insuficiência respiratória e a apnéia. Após o quadro agudo, os pacientes podem ficar assintomáticos, com sibilância recorrente por períodos variáveis ou com evidências de doença obstrutiva crônica. As seqüelas da BVA incluem pneumonia intersticial crônica, bronquiectasias, atelectasias lobares ou segmentares, pulmão hiperlucente unilateral e bronquiolite obliterante pós-infecciosa (BO).
A BO ocorre em torno de 1% dos pacientes que apresentaram quadro agudo da bronquiolite, sendo o adenovírus o agente mais comum. Clinicamente caracteriza-se pela persistência da tosse, estertores, taquidispnéia e sibilos após o quadro inicial.