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Como é feito o diagnóstico? Essa síndrome pode ser notada em sintomas? Quais são eles?
O diagnóstico é eminentemente clínico. O fenômeno de Raynaud caracteriza-se por episódios de alteração de coloração de extremidades (mãos e/ou pés) que ocorre em três fases sucessivas (palidez, cianose e vermelhidão), podendo ser acompanhado por sensação de adormecimento e dor local. Menos frequentemente, pode ocorrer também na língua, nariz e orelhas. Exames complementares podem ser solicitados para a diferenciação do fenômeno de Raynaud primário e secundário (síndrome de Raynaud). Além de história e exame físico completos, alguns exames podem ser úteis para a investigação do quadro, como a capilaroscopia periungueal e a pesquisa de autoanticorpos. A capilaroscopia periungueal é um exame não invasivo utilizado para a diferenciação entre fenômeno de Raynaud primário e secundário. Além disso, a pesquisa de autoanticorpos no soro é um exame de rastreamento utilizado na investigação das doenças reumáticas autoimunes.
Como funciona o processo do tratamento? É possível a cura?
O tratamento do fenômeno de Raynaud deve ser individualizado conforme a gravidade do quadro. Indivíduos com quadros mais leves geralmente se beneficiam de orientações gerais, como evitar exposição ao frio e manter-se agasalhado, além da utilização de luvas e toucas. O tabagismo também deve ser proibido, pois pode agravar as crises. Em quadros mais graves o tratamento medicamentoso muitas vezes é necessário. Uma série de medicamentos pode ser prescrita pelo seu médico.
A cura só ocorre em casos bem específicos, quando há alguma causa anatômica levando à obstrução de um vaso, e que possa ser tratada, por exemplo.
Dra. Cristiane Kayser é Médica assistente e Chefe do Ambulatório de Esclerose sistêmica da Disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Doutorado em Reumatologia pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.
Ilustração: Felipe Pereira
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