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No dia 25 de maio é comemorado o Dia Mundial da Esclerose Múltipla. Nessa data é reforçada a importância do tratamento precoce da doença, isto é, logo que surge o primeiro surto de esclerose múltipla (EM). O início do tratamento com o uso dos imunomoduladores logo após o primeiro surto da doença é uma tendência mundial. Quando iniciado ainda na primeira crise, o tratamento permite um melhor controle da EM. Tendo em vista que cerca de 76% dos pacientes que apresentam o primeiro surto terão novas crises ao longo da vida, tratar precocemente a EM permite melhor controle sobre a evolução da doença, com menos surtos, e, quando esses surtos acontecem, vêm em menor intensidade.
O tratamento precoce com o uso de imunomoduladores está associado à melhora da função cognitiva em pacientes com até dois anos de diagnóstico da doença. O déficit cognitivo pode ser observado em até 70% dos pacientes com EM, sendo que o uso de imunomoduladores mostrou-se eficaz em diminuir a evolução de possíveis incapacidades. O déficit cognitivo pode reduzir a independência do paciente na rotina diária, sendo que 2/3 das pessoas diagnosticadas com EM e que apresentam alteração cognitiva tiveram de modificar, reduzir ou parar de trabalhar.
Os pacientes que não aderem a um tratamento adequado tendem a evoluir de forma mais rápida para um estágio degenerativo da EM, o que pode levar à perda da capacidade motora e ao prejuízo das funções cognitivas, entre outros problemas. Embora estejam surgindo novas opções de medicamentos, devemos ficar atentos para que se respeitem as opções de tratamento adequadas à fase da doença. Devemos iniciar o tratamento com medicamentos de primeira linha, que são os imunomoduladores injetáveis. São esses medicamentos que garantem uma melhor evolução da EM. O uso de medicamentos imunossupressores, orais ou injetáveis, deve ser reservado para aquelas situações em que não se obteve controle adequado da EM com os imunomoduladores.
Uma coisa essencial e que todo paciente com EM deve saber é que todo surto deve ser tratado como uma emergência. Ao primeiro sinal de que vai se desencadear uma crise, é fundamental que busque ajuda médica nos centros de referência. Isso porque a evolução do surto é muito rápida e o paciente tem poucas horas para se submeter ao tratamento de emergência com a aplicação de altas doses de corticoides. O tratamento de emergência pode evitar lesões neurológicas sérias e irreversíveis. Entretanto, com os recursos avançados de diagnóstico por meio de ressonância magnética, se torna muito fácil detectar o início de um surto de EM e, assim, possibilitar o início do tratamento emergencial.
- Ant
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