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A alergia é um incômodo que afeta milhares de pessoas todos os anos. No Brasil, de acordo com relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 35% da população sofre com algum tipo de alergia, que também é responsável por 5% de internações no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo informações do Ministério da Saúde. Por isso, em 7 de maio é comemorado o Dia Nacional de Prevenção da Alergia, com ações de combate ao avanço da doença.
Existem vários tipos de alergia. Para o doutor Clóvis Eduardo Santos Galvão, que fez pós-doutorado em imunologia clínica e patologia na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e é secretário da regional São Paulo da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), as principais causas de internação acontecem por alergias respiratórias. “A alergia é uma resposta de defesa do organismo, que ocorre de forma exagerada, provocando sintomas que incomodam a pessoa, como coceira, tosse, coriza, entre outros. No caso da asma, que é uma alergia respiratória, pode até matar”, afirma.
Segundo Galvão, a alergia não é uma doença que ‘pega’. Ela ocorre apenas nos indivíduos que têm predisposição genética. “Quando há a predisposição genética, o paciente vai produzir anticorpos contra substâncias comuns no ambiente, que provocam inflamações no nariz ou nos pulmões. Essas inflamações vão levar aos sintomas alérgicos”, explica. O tratamento é feito através do controle do ambiente para diminuir a exposição ao agente causador da alergia. “Além disso, temos os medicamentos usados em crises, como os broncodilatadores (para asma) e os anti-histamínicos (para a rinite), além dos corticoides, usados para o controle. Existe também o tratamento com a imunoterapia, ou vacina da alergia”, complementa.
Quando a alergia não é tratada, o incômodo é muito grande. “A principal consequência é o impacto na qualidade de vida do paciente. Por exemplo, a rinite mal controlada pode levar a alterações dentárias, distúrbios do sono, entre vários outros problemas”, aponta Galvão. A principal causa de alergia respiratória vem da própria casa: ácaros da poeira, pelos de animais, como cães e gatos, restos de insetos, mofo, fungos e polens.
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