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O procedimento cirúrgico da dor neuropática envolve a colocação de delicados eletrodos ou cateter, em um nervo, na proximidade da medula espinhal ou, eventualmente, no cérebro. Este eletrodo ou cateter é utilizado para auxiliar o sistema nervoso a recuperar-se da hipersensibilidade. Por vezes o melhor tratamento é ligar o eletrodo a um marca-passo, que promove escassas descargas elétricas, que ajudam o tecido nervoso a combater a dor. Os marca-passos de dor são muito conhecidos e bem vistos pelos pacientes, pois funcionam como uma troca da dor por uma sensação de vibração. Estes sistemas são sempre orientados e controlados pelo médico, que pode, a cada consulta, mudar os parâmetros da estimulação, ou a medicação, em uso nos cateteres. A boa notícia é que os tratamentos são totalmente reversíveis e tem baixo risco.

Em alguns casos, a infusão de um analgésico ou um neurotransmissor é o ideal e também auxilia o sistema nervoso a diminuir a sensibilidade. Ocasionalmente, a melhor decisão é interromper algum feixe de fibras nervosas com diminutas lesões, para casos em que estímulos elétricos anormais e freqüentes surgem constante e intensamente, como na neuralgia do trigemio. Nestes casos selecionados se interrompe um circuito que está com defeito, e que causa dor severa. Cada caso é específico e não existe um tratamento único para todos os pacientes”.

Sobre prevenção, todo paciente com dor prolongada, por mais de seis meses, procure um especialista em dor crônica. Outra dica fundamental é evitar tratamentos agressivos, com risco de manipulação do sistema nervoso e baixo índice de sucesso. Pacientes com dor intratável, de coluna ou de face, já submetidos a repetidas cirurgias, devem ouvir a opinião de um especialista em dor. Manter uma vida saudável é sempre uma boa atitude, isso inclui cuidados com a alimentação, caminhadas, alongamentos, bom horário de sono, redução de stress, manter vida social e lazer.

 

  

Dr. Luiz Claudio Modesto é neurocirurgião. Doutorando em Ciências da saúde pela Universidade de Brasília UNB. Atualmente é médico neurocirurgião da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal - SESDF, médico neurocirurgião do Hospital Santa Luzia do DF, das Clinicas Neuromed e Neurofuncional no DF.

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