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Foi quando meu filho completou 4 anos de idade que tentei novamente. Aproveitei uma forte gripe que peguei, tentava fumar e não conseguia. Comecei a sentir uma dor no peito e, ao tentar tragar, sentia como se estivesse levando uma agulhada no peito. Fiquei uma manhã inteira sem fumar, à tarde tentei fumar novamente e a dor e a tosse eram fortes demais, então, já que havia ficado a tarde e a noite inteira sem fumar, no dia seguinte a dor melhorou. Aproveitando que tinha ficado praticamente um dia inteiro sem fumar, pensei que aquele momento seria ideal para parar de vez, e assim o fiz. Ao final do terceiro dia a tosse e a dor no peito diminuíram consideravelmente, mas a vontade de fumar continuava. Apelei para os chicletes de menta normal, escovava os dentes, tomava água, dava uma caminhada. Confesso que durante três dias não atinei muito bem, minha concentração estava completamente prejudicada e após esses dias iniciais comecei a melhorar.

Depois disso comecei a ter as fases que acredito que todo fumante vá passar, e me mantive firme na minha decisão. Quando vinha a vontade de fumar e a síndrome de abstinência, procurava tudo relacionado à cessão do tabagismo, numa forma de incentivo para parar definitivamente, sendo que já possuía o maior exemplo em minha casa. Ver meu próprio pai morrer de enfisema já deveria ser o suficiente, mas em todo caso encontrei a história com o seguinte título: "O Triste Fim de Bryan Lee Curtis". Aconselho todos a ler essa história. E, como fazia muito pouco tempo que me tornara pai, a história me comoveu bastante. Fui mais a fundo na internet, encontrei um grupo de chat que estava encerrado, permanecendo seu histórico de mensagens trocadas lá para leitura. Vi, assim como eu, várias pessoas aflitas por parar de fumar, com as dúvidas normais que assombram todos os fumantes: será que vou morrer por causa do cigarro, vou ter enfisema, vou ter câncer de pulmão, de boca, de garganta, vou conseguir parar, não vou, vou morrer tentando? E assim por diante. Existiam histórias de pessoas já doentes e que não conseguiam parar, desesperador.

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