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 Transformações Emocionais:

Todas as mudanças ocorrem muito depressa, sem que o adolescente tenha controle do que acontece com seu corpo. Ele parece não ter consciência daquilo que se passa, não entende o porquê de tantas alterações corporais e acaba, muitas vezes, não se sentindo à vontade com seu próprio corpo e com tudo que está acontecendo, refletindo num aumento da sensibilidade, na irritabilidade e na oscilação de humor e de ânimo.

Nesta etapa, começa a reconhecer as suas fraquezas e limitações, sente-se indefeso perante elas e, como solução, procura a segurança que precisa no grupo de amigos ou no isolamento.

A ambivalência da adolescência relaciona-se com as transformações globais que ocorrem no indivíduo e que tornam esta faixa etária de difícil compreensão pelos adultos e pelos próprios adolescentes. Coabitam, neste período, desejos ambivalentes de crescer e de continuar criança, de autonomia e de dependência, de ligação ao passado e de vontade de se projetar no futuro.

A fragilidade sentida pode estimular crises regressivas, períodos de alienação e isolamento, comportamentos mais agressivos, dentre outras dificuldades. O mal-estar sentido pelos jovens, na sociedade atual, tem a ver com a indefinição do seu papel e do seu status social.

No entanto, essa turbulência e esses períodos de angústia e incertezas são vividos de forma intensa e superados de acordo com o tempo interno e a forma que cada um encontra para elaborar todos esses sentimentos e emoções novas que vão surgindo.

"A adolescência termina quando o indivíduo atinge a maturidade social e emocional, adquirindo a experiência, a habilidade e a vontade requeridas para assumir, de maneira consistente, o papel de adulto, que é determinado pela cultura e pela sociedade em que vive."

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