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Várias são as complicações maternas e perinatais decorrentes do DM quando mal controlado, principalmente quando pré-gestacional. Segundo a ginecologista, essa patologia eleva o risco de aborto espontâneo, malformações fetais, prematuridade e óbito do feto. O DM descompensado também está associado a crescimento excessivo do feto, aumentando expressivamente a taxa de cesáreas nestes casos. "O adequado controle glicêmico durante a gestação reduz significativamente o risco de desenvolvimento destas complicações", diz ela.

Os recém-nascidos de mães diabéticas devem ser monitorados nas primeiras horas de vida, pois frequentemente apresentam hipoglicemia (taxa de açúcar baixa), que deve ser evitada com amamentação precoce quando possível ou através de administração de leite materno proveniente de Banco de Leite Humano – podendo ser necessária a administração de soros glicosados em alguns casos. Filhos de mães diabéticas apresentam atraso no processo de maturação pulmonar, podendo ocorrer dificuldade respiratória ao nascer. "O adequado controle destas crianças permite evolução saudável após o nascimento na maioria dos casos", explica Elaine.

O risco deste filho desenvolver DM na vida adulta é aumentado, principalmente se for obeso, sedentário e houver outros parentes com DM na família.

 

 

Profa. Dra. Elaine Christine Dantas Moisés é graduada em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Ginecologista e Obstetra com Especialização em Gestação de Alto Risco pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP).

Mestrado e Doutorado em Tocoginecologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

Docente do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

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