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E quais os cuidados que a gestante com diabetes gestacional deve ter? Durante o pré-natal, é fundamental o enfoque informativo sobre essa alteração do metabolismo da gestante, portanto, as consultas devem englobar, além de toda a rotina pré-natal básica e orientações próprias do período gestacional, orientações direcionadas para o cuidado do diabetes. Sua periodicidade depende diretamente do controle glicêmico e da existência e progressão de complicações para a mãe e para a criança, detectadas através de exames clínicos e complementares.

Todas as pacientes devem receber aconselhamento nutricional especializado e individual, determinando-se dieta com adequado aporte calórico e de nutrientes, que dependerá principalmente da idade gestacional e do índice de massa corpórea (relação entre o peso corporal e a estatura ao quadrado) pré-gestacional e na gestação. "A base do tratamento é representada por mudança de estilo de vida, englobando principalmente a adequação da dieta e prática de exercícios supervisionados, além de suspensão de ingestão de bebidas alcoólicas e de uso de cigarros", explica Elaine.

A avaliação da taxa de glicose pode ser realizada através de monitorização domiciliar diária ou em instituição de saúde, periodicamente, de acordo com a compensação de seus níveis. A avaliação do bem-estar do feto e do crescimento do mesmo deve ser iniciada precocemente e ser realizada sistematicamente.

A administração de insulina é considerada o tratamento de eleição para ser associado ao controle nutricional, quando esse se tornar insuficiente para adequado controle da glicemia.

O tratamento de pacientes portadoras de DM pré-gestacional segue as mesmas orientações descritas, tomando-se o cuidado de proceder à avaliação mais pormenorizada de complicações maternas e fetais, além de controle mais rigoroso das taxas de glicemia, sendo geralmente necessária a utilização de insulina, sob orientação médica.

Em pacientes com DMG, os níveis de glicemia retornam aos valores normais rapidamente após a resolução da gestação, portanto, o uso da insulina deve ser interrompido. "É necessário avaliar os níveis de glicemia da mãe ao término da gravidez para saber se a paciente permaneceu com diabetes e, neste caso, identificar o tipo de diabetes para programar o tratamento adequado. Para tanto, deve-se realizar um novo teste oral de tolerância à glicose seis semanas após o parto", diz Elaine.

Considerando que há um risco de 33% a 50% de recorrência de DMG em gravidezes futuras e de desenvolvimento de DM ao longo da vida em mais de 40% das mulheres com história prévia de DMG, é importante a realização de avaliações anuais da glicemia, mesmo que os testes realizados após o parto estejam normais.

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