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 Como fica o psicológico da mãe quando um bebê, que acabou de sair de seu útero, tem que permanecer dias ou até meses na UTI? É o mesmo sentimento da mãe com o filho já grandinho, que já teve a convivência familiar, ou é mais intenso?

Qualquer caso de hospitalização de um filho em UTI geralmente traz uma complexidade de sentimentos bastante intensos. Esta questão é muito importante, porque cada mãe, imersa em suas próprias angústias, pode imaginar que não há ninguém em todo o mundo sofrendo mais do que ela. Isso não deixa de ser uma grande verdade! Sofrimento não é algo que se possa medir, já que cada indivíduo, com sua estrutura psíquica particular, vivencia suas dores, seus impasses, suas frustrações, seus medos e as condições que conduzem a tudo isso de maneira absolutamente diversa de outrem, ainda que tais condições sejam, concretamente, muito parecidas.

Há elementos psicológicos bastante diversos, além da questão da individualidade supracitada, que podem ser considerados como situações comuns, psicodinamicamente falando: a mãe que acaba de ter o bebê, ainda que ele não necessite de uma UTI, sente a separação de seu pequeno, que por nove meses esteve dentro de si mesma. Os sentimentos dela já podem conter ambivalências, como alegria e tristeza, ao mesmo tempo, por ver-se com a barriga vazia, por assim dizer. Então, indubitavelmente, se seu filhinho precisa ser levado para receber um tratamento intensivo, ficando ainda mais longe dela e precisando de cuidados especiais por algum motivo que sempre será preocupante para a mãe que tanto deseja seu filho, ela apresentará uma demanda emocional carente de maiores cuidados.

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