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Tratamento

O vômito é um sintoma e não uma doença em si. Cabe ao pediatra fazer o diagnóstico correto e dirigir o tratamento para as possíveis causas.

As medidas dietéticas estão indicadas em todos os casos, independente da causa, reservando-se o uso de medicamentos para algumas situações excepcionais.

Deve-se suspender a dieta por um período breve (três a seis horas), de acordo com a intensidade dos vômitos, oferecendo-se líquidos para manter uma hidratação adequada: inicialmente 10 a 15 ml (1 colher de sopa) de uma solução glicosalina (soro oral) a cada 15 minutos, e a seguir, se houver boa tolerância, reiniciar a dieta, sempre começando com pequenos volumes (30 a 50 ml), oferecidos a cada duas ou três horas.

Ainda que a criança vomite as primeiras tomadas do soro, deve-se continuar oferecendo a solução hidratante em pequenos volumes, uma vez que a absorção de pequena quantidade de glicose já é suficiente para controlar a cetose (acúmulo de substâncias na corrente sanguínea que provocariam mais vômitos ao estimular o “centro do vômito”).

Nos casos de vômitos sem diarreia, pode-se oferecer líquidos mais bem tolerados pela criança, como sucos diluídos, refrigerantes sem gás ou gelatina líquida. Líquidos na temperatura ambiente ou gelados são bem aceitos. A criança também aceita muito bem picolé e sorvetes de sua preferência.

Irritantes gástricos conhecidos, como aspirina, aminofilina, antibióticos, chocolates ou café, devem ser evitados.

Somente o pediatra saberá em que circunstância deverá utilizar medicamentos, bem como sua dosagem correta e por quantas vezes for necessário.

 

 

 

Lucia Ferro é Professora Doutora em Pediatria pela Faculdade de Medicina da UFMG.

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