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Tratamento em duas frentes

Na prática, o tratamento do alcoolismo e da depressão começa sempre com um processo de desintoxicação, que consiste basicamente em parar de beber e dar tempo para o organismo se recuperar. Esse processo precisa ser realizado com assistência médica e auxílio medicamentoso, pois algumas complicações podem ser fatais ou deixar sequelas, caso o processo de desintoxicação de um dependente grave não for devidamente acompanhado por um profissional.

Entre quinze dias e dois meses depois de cessado o uso, inicia-se o tratamento com o antidepressivo. O tratamento não farmacológico, através de abordagens psicossociais, faz parte do tratamento das duas condições. "É impossível tratar a depressão sem tratar da dependência do álcool e, por outro lado, é ineficaz tratar a dependência e não tratar a depressão, já que as chances de recaídas aumentam muito", completa Cláudio.

 

 

Dr. Cláudio Jerônimo da Silva possui graduação em Medicina Humana pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1995); Residência Médica em Psiquiatria pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1998); Doutorado em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (2005); MBA em Gestão de Saúde pelo Instituto de Ensino e Pesquisa Insper (em andamento). Atualmente é professor afiliado no Departamento de Psiquiatria da UNIFESP. Professor do Instituto de Terapia Cognitiva de São Paulo (ITC); Pesquisador do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia para políticas públicas do álcool e outras drogas (INPAD); Coordenador médico do Ambulatório de Álcool e Drogas - AME Psiquiatria Dra. Jandira Masur. É vice-presidente e responsável técnico pelo Centro Especializado no Tratamento da Dependência Química (CEAD - Jundiaí - SP). Atua nas seguintes linhas de pesquisa: ensino, organização de serviços, políticas públicas e modelos de tratamento em dependência química.

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