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Outras dúvidas frequentes

Dependentes químicos podem desenvolver um quadro de síndrome do pânico?

Qualquer pessoa pode desenvolver uma síndrome do pânico. Substâncias como cocaína, anfetamina e maconha podem desencadear um ataque de pânico pelos efeitos que têm na química cerebral. Alguns desses indivíduos apenas terão o ataque de pânico após o uso dessas substâncias, sem desenvolver o transtorno com os seus componentes já mencionados. Aqueles que tiverem uma predisposição genética para o problema podem desenvolver o mesmo a partir de um primeiro ataque de pânico desencadeado pelo uso dessas substâncias. Ou seja, o indivíduo já teria uma predisposição individual. O abuso ou dependência de álcool pode ser uma complicação. Nesse caso, o indivíduo usa álcool para entorpecer a ansiedade e os medos relacionados ao transtorno e acaba ficando dependente do álcool. Esse indivíduo precisará receber um tratamento para o alcoolismo e para o pânico.

 

Como é o tratamento da síndrome do pânico?

O tratamento é feito com medicamentos e psicoterapia. A forma de psicoterapia que tem sido considerada mais eficaz e com resultados mais rápidos é a terapia cognitivo-comportamental (TCC). Nesse caso, o psicoterapeuta vai abordar pensamentos distorcidos apresentados por esses pacientes (por exemplo, alguns pacientes tendem a interpretar qualquer sensação corporal como perigosa ou ameaçadora, mesmo isso não tendo uma base real), além de estimular o paciente a enfrentar gradativamente situações que teme, como medo de utilizar transportes públicos, por exemplo. Esse trabalho psicoterápico vai mudar pensamentos e comportamentos do paciente, acontecendo em várias sessões.

 

Uma pessoa que sofre com síndrome do pânico pode levar uma vida normal?

Uma pessoa com o transtorno do pânico pode levar uma vida inteiramente normal. Na verdade, quando um indivíduo com problema não está levando uma vida normal, isso acontece em virtude dos sintomas de ansiedade apresentados, daí a importância do tratamento. É claro que é recomendado um estilo de vida saudável, com realização de exercícios aeróbicos (caminhada, andar de bicicleta, nadar, etc.). Outro aspecto importante é a manutenção do tratamento medicamentoso, que deve acontecer por um período mínimo de seis meses, ou tempo maior, de acordo com a recomendação médica.

 

 

Dr. Alexandre Valença é médico formado pela Universidade Federal de Pernambuco. Especialização em Psiquiatria pela Universidade Federal de Pernambuco. Residência Médica em Psiquiatria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Psiquiatria e Psiquiatria Forense pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Mestre e Doutor em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professor Adjunto do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Universidade Federal Fluminense - Niterói-RJ. Professor do Programa de Pós-Graduação em Psiquiatria e Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Médico da Divisão de Saúde do Trabalhador (DVST-UFRJ) e do Programa de Ensino e Pesquisa em Psiquiatria Forense do Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Pós-Doutorado em Fisiologia da Respiração pelo Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho - UFRJ. Pesquisador do Laboratório de Pânico & Respiração do IPUB/UFRJ. Psiquiatra Forense pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Ministra palestras em congressos regionais e nacionais. Filiado ao Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro. Membro efetivo da Associação Brasileira de Psiquiatria.

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