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De acordo com a psicóloga Érika Vendramini, esse comportamento aumenta, ainda mais, a curiosidade sobre o seu corpo e o corpo do outro. Como essa curiosidade é muito grande, devido ao fato da criança começar a perceber as diferenças entre seu sexo e o sexo oposto, é natural que ela comece e encher os pais de perguntas e queira conhecer melhor tanto o próprio corpo quanto o do outro. "Digo que essa atitude é natural, pois tanto as perguntas como as brincadeiras (de médico ou papai e mamãe) e as carícias que a criança faz em si mesma são totalmente desprovidas de perversão, existe apenas o sentido de curiosidade e prazer", diz ela.

Assim, é importante que as respostas às perguntas das crianças sejam dadas de forma tranquila, para que elas aprendam os comportamentos adequados, mas não se inibam, pois isso poderia resultar na procura de outras fontes de informação e prazer (nem sempre adequadas). Mas a psicóloga alerta que os pais devem responder apenas aquilo que a criança perguntou, pois, quando ela tiver condições de entender melhor, perguntará mais e mais. "Devemos nos questionar sobre como conviver com o conhecimento de que as crianças também se expressam sexualmente, e lembrar que é nossa responsabilidade que elas se tornem adultos sexualmente sadios, sem problemas ou disfunções sexuais, causados pela dificuldade dos adultos de lidar com esse fato", finaliza Érika.

 

Erika Vendramini Moreira é graduada em Psicologia e Licenciatura Plena em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC). Formada em Terapia Cognitiva pelo Instituto Pieron de Psicologia Aplicada. Conta com 12 anos de experiência na prática clínica com crianças, adolescentes e adultos, além de orientação de pais e professores. Experiência em Psicogerontologia e Grupo de Apoio na Associação Brasileira de Alzheimer. CRP 59448

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