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Como é feito o diagnóstico?

O quadro clínico constitui-se de sintomas como disúria, urgência miccional, polaciúria e sensação de esvaziamento vesical incompleto. A mulher pode referir ainda dor suprapúbica e hematúria terminal. Febre, calafrios, comprometimento do estado geral e dor lombar são sintomas indicativos de infecção do trato urinário alto.

Nas pacientes idosas o quadro pode não ser característico, com alteração no nível de consciência, queixas pulmonares ou gastrointestinais, exigindo maior acuracidade diagnóstica. A infecção urinária pode ser causa de uma incontinência urinária ou mesmo retenção. O exame ginecológico é de grande importância para o diagnóstico de distopias genitais como também avaliar o trofismo genital. Da mesma forma, permite a exclusão de infecções do trato genital inferior.

No toque bimanual a mulher pode referir desconforto suprapúbico e dor à palpação da bexiga. A sintomatologia pode se associar à relação sexual (“cistite da lua-de-mel”) ou uma vulvovaginite. Não raro, a mulher distingue a disúria terminal devido à cistite da sensação de ardor secundária ao contato da urina com a vulva inflamada.

O diagnóstico da I.T.U. baseia-se no quadro clínico. A intensidade e o desconforto dos sintomas impõe terapêutica imediata de forma empírica em mulheres hígidas que apresentem episódios isolados. Nestes casos é de pouca utilidade a solicitação de sedimento urinário quantitativo (urina tipo 1) e/ou urocultura, uma vez que terão pouco impacto na instituição da terapêutica. Situações especiais como gestação, queixas mal caracterizadas, anormalidades anatômicas do trato urológico e suspeita de acometimento do trato urinário alto implicam na análise laboratorial para identificar o patógeno e sua sensibilidade através do antibiograma. A persistência dos sintomas após 72 horas de tratamento requer sedimento urinário e urocultura. A cultura firma o diagnóstico da I.T.U.

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