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Quais as causas?

A Escherichia coli é a bactéria mais freqüente em todas as faixas etárias, responsável por 80% das cistites em mulheres jovens e em menor proporção nas idosas. Com menor prevalência citam-se o Staphylococcus saprophyticus (10%) e outros bacilos gram- negativos como Klebsiella (5%), Proteus e Enterobacter (2%). Nas infecções hospitalares predomina Serratia e Pseudomonas, conseqüente a instrumentação do trato urinário, como exemplo a sondagem vesical.

A infecção do trato urinário na mulher se faz preferencialmente por via ascendente a partir do meato uretral externo, decorrente da colonização vaginal e perineal por enterobactérias. A infecção desenvolve-se quando os fatores de virulência bacteriana preponderam sobre os mecanismos de defesa do hospedeiro. Micções periódicas com esvaziamento vesical completo têm efeito de “wash-out”, promovendo a remoção das bactérias da bexiga e uretra.

O crescimento de enterobactérias é dificultado pela colonização da vagina por lactobacilos produtores de ácido lático e peróxido de hidrogênio. Fatores predisponentes do hospedeiro favorecem o aparecimento da I.T.U. como o uso de diafragma e espermicida, relação sexual recente, principalmente sem esvaziamento vesical completo até uma hora após o coito e prolapsos genitais Admite-se que o diafragma determine obstrução uretral, e o espermicida diminua a concentração dos lactobacilos.

A relação sexual pode inocular bactérias na uretra e as distopias genitais como cistoceles ou prolapsos uterinos podem aumentar significativamente o resíduo pós-miccional, favorecendo a estase e a multiplicação bacteriana. Na tabela 2 citam-se causas de I.T.U. recorrente. A CISTITE NÃO É TRANSMITIDA ATRAVÉS DA RELAÇÃO SEXUAL.

 

Tabela 2 - Fatores de I.T.U. recorrente

- cálculo infectado

- nefropatia obstrutiva

- corpo estranho

- divertículo uretral

- rim atrófico infectado

- prolapso genital

 

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