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Qual o tratamento? Tem cura?

O tratamento consiste na realização de terapia fonoaudiológica. A terapia tem como objetivo, após a realização de um diagnóstico preciso e de um estudo minucioso sobre quais são os déficits no processamento de linguagem, a reativação, a reorganização ou a substituição da função. A reativação consiste em rever a informação, regras ou procedimentos no processamento lingüístico que estão deficitários. A reorganização consiste em ensinar ao paciente um modo diferente de realizar a mesma tarefa e a substituição consiste no uso de estratégias funcionais para processamentos extremamente deficitários.

O prognóstico varia de paciente para paciente e depende tanto de fatores neurológicos (tipo, extensão e área da lesão cerebral), individuais (idade, escolaridade) quanto de fatores clínicos como melhoras que o paciente obteve espontaneamente após a lesão, e resposta inicial (primeiros 6 meses, principalmente) à estimulação. Além disso, claramente também depende de fatores não mensuráveis cientificamente, mas igualmente importantes como motivação do paciente e participação do paciente e da família na reabilitação.

Pode-se afirmar que todos os pacientes expostos à estimulação de linguagem (terapia fonoaudiológica) apresentam melhoras, porém há pacientes que melhoram tanto, que o distúrbio de linguagem fica praticamente imperceptível, enquanto outros apresentam melhoras menos acentuadas ou pouca resposta à reabilitação. Nestes casos, também é papel do terapeuta trabalhar com adaptações, tendo como objetivo final sempre viabilizar a comunicação do paciente no meio em que ele vive. É importante destacar que quanto mais precoce é a exposição ao programa de reabilitação, melhores e mais rápidas são as respostas do paciente ao tratamento. Portanto, após a ocorrência da lesão cerebral e conseqüente afasia, a terapia fonoaudiológica deve ser iniciada o mais rápido possível, assim que o paciente tiver condições clínicas gerais de ser exposto ao tratamento.

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