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Muitas pessoas já presenciaram um indivíduo tendo crises epilépticas, mas poucos sabem exatamente o que é epilepsia e como tratá-la. A epilepsia é um problema neurológico comum caracterizado clinicamente pela presença de crises convulsivas de repetição, nas quais o indivíduo pode ou não perder a consciência e se contorcer. Afeta desde recém-nascidos até idosos e tem um amplo diagnóstico diferencial.

A epilepsia manifesta-se pelas crises convulsivas, que, de um modo geral, podem ser classificadas em crises parciais simples (não se perde a consciência e o indivíduo tem algum sinal/sintoma neurológico focal e transitório, por exemplo, pequenos abalos musculares da face e membro superior de um lado do corpo), crises parciais complexas (há um comprometimento da consciência e não perda total dela e são frequentes os chamados automatismos motores, em que o indivíduo estala os lábios, pisca os olhos várias vezes, movimenta uma das mãos sem propósito) e as crises generalizadas (nas quais a consciência é perdida transitoriamente e ocorrem contraturas seguidas de abalos musculares em todo o corpo).

Para entendermos como uma crise epiléptica ocorre, precisamos comparar o cérebro a um verdadeiro circuito elétrico, em harmonia, onde os neurônios (as células do cérebro) se comunicam uns com os outros transmitindo impulsos nervosos, ou literalmente corrente elétrica. Quando essa harmonia é perdida e um grupo de neurônios passa a "disparar" de maneira síncrona, diferente de seus vizinhos, pode haver uma crise convulsiva ou uma descarga epileptiforme.

Em recém-nascidos, problemas que ocorreram na gestação ou no parto, como malformações do sistema nervoso central e doenças metabólicas, são causas frequentes de epilepsias. Em crianças de 5 meses a 5 anos são comuns as chamadas crises febris, que normalmente não persistem após esse período, e acontecem porque o aumento da temperatura em um cérebro ainda imaturo pode ser prejudicial. Em adultos, a principal causa de crise convulsiva é a chamada epilepsia do lobo temporal e, em idosos, crises convulsivas de início recente são normalmente secundárias a acidentes vasculares ou tumor.

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