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Qual o tratamento?

Evitar o uso de tratamentos inadequados indicados por amigas ou familiares. O que foi eficaz para tratar a paciente A pode não ser o correto para a paciente B. (corrimentos semelhantes podem ter causas distintas).

Para o tricomonas metronidazol ou secnidazol ; para as Cândidas, nistatina ou miconazol. Gardnerellas devem ser tratadas com ampicilina ou metronidazol. Já as Clamidias , assim como os micoplasmas e Neisserias usar antibióticos específicos. Lembro neste momento que a automedicação pode ser prejudicial à saúde. Nunca esquecer que as mudanças de hábito (usar saia, limpar as gavetas onde guardam as vestes íntimas, às vezes trocá-las por novas, ir com mais freqüência ao banheiro para higienização, etc) são fatores que ajudam no tratamento. É importante ressaltar que o ou os parceiros sexuais desta mulher devem ser tratados se comprovada a sua contaminação como vetor ou causa das infecções genitais cujo elo comum é o corrimento.

 

Qual a faixa-etária mais afetada pelo corrimento?

Em geral o corrimento acomete mulheres com atividade sexual intensa com vários parceiros. Fisiologicamente recém-nascidas podem apresentá-lo sem significado de doença. Quando crianças, normalmente é por falta de higiene (criança não tem tempo para higiene, assim como para as refeições). A história nos mostra que as mulheres muito cedo não mais têm a membrana hímen íntegra, ainda numa fase em que o colo do útero é imaturo e portanto sujeito a infecções e , mais grave, a possibilidade de gerar colos uterinos com alterações que podem chegar ao câncer de colo.

Por outro lado, após o climatério, há uma involução dos genitais femininos e o corrimento pode aparecer por traumatismos diretos na mucosa vaginal. Isto esta se acentuando agora que os maridos destas pacientes usam pílulas para melhorar a ereção. A paciente já estava conformada e esquecida do que é sexo vaginal e de repente o marido exige, não tem o cuidado necessário e as mulheres voltam a ter problemas como lacerações, infecções e etc. Uma visita ao médico e pronto: ele vai entendê-la e medicá-la de acordo com a necessidade do casal.

 

 

Dr. Paulo Levy Schivartche é Professsor livre docente do Hospital das Clínicas da USP. Contato: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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