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A importância da hidratação durante e após a realização de uma atividade física sempre foi muito destacada por vários especialistas da área de Nutrição e Educação Física. Porém, antes disso, é necessário compreender por que existe essa necessidade e quais substâncias nosso corpo perde quando trabalha mais e elimina suor.

"O suor é composto por vários elementos, inclusive vitaminas, glicose e lactato. Contudo, os principais elementos são os minerais, como sódio, potássio, cálcio, magnésio, ferro, entre outros", afirma o professor de Educação Física João Carlos Bouzas.

Com exceção do sódio, a perda dos demais minerais não é expressiva e normalmente não representa um problema, salvo casos muito especiais, entre eles as provas de aventura, com vários dias de competição e em condições ambientais desfavoráveis, tendo ainda uma alimentação limitada durante a prova. Dessa forma, o sódio é o mineral com o qual se deve ter uma maior preocupação, principalmente quando o exercício for realizado com mais de quatro horas seguidas de duração, em ambiente quente, com o consumo exclusivo de água.

Recentemente, uma notícia no mundo esportivo chamou muito a atenção, especialmente no que diz respeito à desidratação. No final de setembro, o lutador de MMA, Leandro Feijão, faleceu vítima de um acidente vascular cerebral enquanto passava por um processo de perda de peso antes da pesagem de lutadores, acontecimento este que reacendeu as discussões sobre os métodos para se conseguir isso.

Apesar da polêmica sobre o assunto, João Carlos acredita que a causa da morte pode não ter relação com a desidratação. "Em princípio, o que foi informado pelos médicos não guarda relação com perda aguda de peso, que normalmente provoca um desequilíbrio eletrolítico no organismo e proporciona alteração no ritmo cardíaco, podendo levar a uma parada cardíaca. O descrito na mídia eletrônica foi um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico e para fazer uma análise dessa situação é necessário ter mais informações", explica.

Ainda que não tenha tido relação com o AVC, o professor alerta para o risco da desidratação extrema em atividades físicas. "Há um perigo que coloca em risco inclusive a vida, pois poderá levar a um colapso cardíaco. O sangue pode tornar-se tão viscoso e produzir uma alteração na ação contrátil do músculo cardíaco, ou as alterações dos eletrólitos interferirem na estimulação elétrica do coração, também causando uma fibrilação", ressalta.

De forma geral, os principais problemas de uma desidratação são a redução da capacidade de produzir suor; perda elevada de peso corporal; sede; elevação da temperatura cutânea e central; redução da coordenação; escurecimento da urina; fraqueza física e queda da pressão arterial.

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