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Quais são as principais propriedades nutricionais da pimenta?

A principal característica dos frutos da pimenta é a pungência caracterizada pelo sabor picante ou ardente, conferido pelos capsaicinoides, que é o princípio ativo das pimentas do gênero Capsicum (ex.: pimenta-malagueta, dedo-de-moça, cumari), ou pela piperina em pimentas do gênero Piper (pimenta-do-reino).

As pimentas do gênero Capsicum têm grande valor nutricional, associado, principalmente, ao seu conteúdo de vitaminas, fibras e sais minerais. Possuem altas concentrações de vitamina C e vitamina E, que atuam como constituintes nutricionais e funcionais em decorrência de suas propriedades antioxidantes. A ingestão de 100 g de pimenta suave ou "doce" fornece a quantidade das vitaminas C e E recomendada pela Organização Mundial da Saúde para suprir as necessidades diárias de um indivíduo adulto.

O conteúdo de fibras varia entre 4 e 16 g em cada 100 g de pimenta, quantidade superior à encontrada, por exemplo, na maçã, que é de 2,02 g, e na aveia, de 5,37 g, em 100 g destes alimentos. Possuem ainda quantidades consideráveis de minerais, tais como: potássio, magnésio e fósforo.

Os carotenoides, pigmentos vegetais importantes pela atividade provitamina A, estão presentes em altas concentrações e conferem às pimentas a sua coloração, que pode variar desde amarelo-claro ao vermelho-intenso.

A pimenta também pode aumentar a taxa metabólica do organismo, e este efeito faz com que o consumo de aproximadamente 6 g de pimenta queimem cerca de 45 calorias.

 

Algumas pessoas podem ter uma tolerância à pimenta maior do que as outras?

Sim. A sensibilidade se dá de acordo com o número de botões gustativos presentes na língua. Nos humanos, encontramos aproximadamente 250 papilas fungiformes, que possuem em torno de 1.600 botões gustativos. Entretanto, esse número pode variar muito entre indivíduos. Cerca de 50% das pessoas possuem sensibilidade normal e as demais são divididas entre aquelas que possuem poucos ou praticamente nenhum botão gustativo em suas línguas, consideradas não sensíveis a alimentos picantes, enquanto aquelas que possuem muitos botões gustativos são consideradas supersensíveis.

Sabe-se que o consumo repetido de pimenta confunde receptores da substância P, um neurotransmissor químico que comunica ao cérebro sobre a dor ou a inflamação na pele. Por este motivo, alguns indivíduos toleram comer cada vez mais pimentas, tendo a sensação de menos ardor. Pessoas com sensibilidade normal ou os supersensíveis algumas vezes comem alimentos muito picantes e suas línguas podem sofrer queimaduras de contato, o que danifica os botões gustativos, mas eles são recuperados em cerca de duas semanas.

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