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Antes de falar especificamente sobre o iodo, você poderia falar sobre o bócio? O que é essa doença e como ela ataca o nosso organismo?

O bócio é o aumento do volume da glândula tireoide. É, na verdade, um sinal clínico visto ao exame físico ou por métodos de imagem (por exemplo, a ultrassonografia de tireoide). Pode indicar doenças tireoidianas, como hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos, bem como ser decorrente de uma deficiência ou excesso do micronutriente iodo na nutrição de uma população.

 

Por que o sal de cozinha que consumimos precisa da adição de iodo? Essa medida existe há muito tempo e visa apenas o combate do bócio ou também de outras doenças?

O sal de cozinha necessita de adição de iodo para prevenir o aparecimento de doenças decorrentes da falta de iodo. Este nutriente é necessário para a síntese dos hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) pela glândula tireoide. A falta de iodo em uma população pode levar a doenças como bócio (aumento do volume da tireoide) e, no caso das gestantes, ocasionar o nascimento de crianças com rebaixamento mental e surdez congênita. Por outro lado, o excesso de iodo pode ter como consequência o aumento de casos de tireoidite de Hashimoto, hiper e hipotireoidismo. O nível ideal de iodo no organismo, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 100 a 300 mcg/l (microgramas por litro), que é medido por um exame de urina.

 

Além do sal de cozinha, o iodo pode ser encontrado em quais alimentos?

A principal fonte do iodo é o sal iodado e alimentos que o contêm diretamente: carnes defumadas, embutidos (bacon, salsichas, linguiça), frios (presunto, mortadela, salame), enlatados e conservas (azeitonas, picles, cogumelos), molho de soja. E está presente também em outros alimentos: peixes e frutos do mar, algas, gema de ovo, maionese, laticínios (leite, sorvete, queijo, requeijão, leite de soja, tofu), pães industrializados, cereais em caixas, agrião, aipo, couve-de-bruxelas, repolho, frutas enlatadas e a calda.

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